Para Roma com Amor – Crítica

Para Roma com Amor é o reflexo invertido de Meia-noite em Paris. Porém, menos inspirado. Muito menos. Talvez o mais fraco filme de Woody Allen desde que começou a filmar na Europa com Match Point.

Seu cinema continua falando do diapasão entre o que desejamos ter, mas o que temos de fato; o que queremos ser contraposto ao que somos; o que sonhamos comparado com aonde podemos chegar. Entre o encantamento da fantasia e o concreto da vida real.

A solução, desta vez, é outra. O protagonista solitário de Meia-Noite em Paris “inventou” uma cidade paralela onde conseguisse exercer a fantasia de seu desejo – “ir” ao passado e dialogar com os verdadeiros criadores, Dalí, Buñuel, Fitzgerald. Depois de materializar seu desejo, Gil, o protagonista, descobre o óbvio: toda fantasia da realidade jamais irá corresponder à realidade. Com isso, ele, o personagem, e nós, os espectadores, aprendemos uma lição no cinema.

A lição em Para Roma com Amor é a mesma: que a projeção jamais será igual ao que existe de fato, ao verdadeiro. Mas se no seu filme anterior havia uma escapatória (a fantasia de uma outra cidade e a invenção de um tempo passado interferindo no presente), já em Para Roma com Amor a Cidade Eterna não oferece encantamento como elemento cênico. A paisagem italiana no filme não passa de cartão-postal, fornecedora de desculpas no roteiro para justificar certos personagens.

Continue lendo a crítica de Para Roma com Amor na Revista Interlúdio.

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