Fim de festival do Rio com “Se Nada Mais Der Certo”, de José Belmonte, saindo com o Redentor de melhor filme. Intervalo de uma semana e aí vem a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que começa nesta sexta-feira (17/10). Mais de 400 filmes serão exibidos.
No sábado, foram apresentados à imprensa a relação dos filmes, sessões especiais e convidados. Em seguida, dois curtas foram exibidos ao lado do longa “Horas de Verão”. Olivier Assays começa em um ponto, passa por outro e termina num terceiro, que se relaciona num primeiro.
A família é Berthier, cujo um dos membros, Paul Berthier, foi um pintor famoso. A matriarca é Hélène. Seus filhos vão comemorar o aniversário com a mãe na casa forrada de obras de Berthier. O passado e o presente são confrontados – este, parece ser apropriado por pessoas que renegam o acúmulo do que já passou.
Usando a família como metáfora, Assays crítica uma geração que não olha para trás e não presta – nem se interessa – na construção da França. Em um terceiro momento, o diretor encaminha o filme para os adolescentes e sua relação com o país, sempre usando o convívio familiar como pretexto para abordar o tema. É nesse ponto que o filme balança um pouco na linha trazida deste o início: a relação de uma geração com o passado (peça de museu?) e o presente (moderno?).
Em tempo: “Horas de Verão” (“L’Heure d’été”) integra a seleção de filmes da programação Expectativa da Mostra.
Nossa, eu amei “Horas de Verão”. Muito delicado e porrada ao mesmo tempo. O diretor consegue misturar também a sutileza da narrativa com diálogos bem interessantes entre os membros daquela família. Um retrato humano, sem floreios. Você conseguiu ver Se Nada Mais Der Certo? O que achou? Estou curiosíssima! beijos