Assim como no primeiro filme de Guy Ritchie que se apropriou do personagem de Sir Arthur Conan Doyle, é perda de tempo procurar o que resta da literatura do escocês no cinema de Ritchie. Sherlock Holmes: O Jogo de Sombras, como sintomaticamente definiu um amigo crítico de cinema após a exibição do filme à imprensa, poderia se chamar A Identidade Holmes ou James Holmes, em referência à franquia com Matt Damon ou a do agente 007.
Quem for a O Jogo de Sombras procurando um resquício da elegância da escrita de Doyle no desenrolar do mistério na trama vai encontrar um filme de Guy Ritchie. Ou seja, aventura de estética cartunizada, com pitadas de humor e alguma porradaria.
E não há novidade alguma nisso, pois O Jogo de Sombras é igualzinho ao primeiro filme. Como não há a surpresa causada em 2009 pelo olhar pop de Ritchie ao inspetor de Coyle, a sequência tenta compensar inserindo novos personagens – sim, isso se tornou uma condição sine qua non de qualquer franquia.
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