Ventos de Valls, de Pablo Lobato |
Se a segunda-feira começou bem com o debate sobre Doce Amianto à altura da vontade de cinema do filme de Uirá dos Reis e Guto Parente – com destaque para a exposição inicial do professor Denilson Lopes –, o restante do dia, salvo exceções, não confirmou expectativas.
Não incluo Sudoeste no grupo, já que visto e revisto em São Paulo. Mas tanto a Mostra Panorama – Série 3 e o primeiro longa da Mostra Aurora nivelam-se, no geral, por baixo.
O Tradutor tem vontade de enredo e emoção, mas é bastante desafinado em todas suas esferas de composição. Se fosse bem dirigido e com um roteiro menos problemático, seria ao menos um curta bonitinho, ainda que vazio pela premissa primária – espectador que deseja mudar a história do filme que vê.
Outros três curtas da sessão apostam na transformação da imagem particular, privada e em primeira pessoa ao status de imagem para o mundo, para todos. Só Mauro em Caiena consegue satisfazer a proposta satisfatoriamente: a narração dá mais substância afetiva às imagens sobre um lugar distante que acalenta uma alma em transformação.
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