Morreu ontem o diretor italiano Damiano Damiani. A notícia, ainda veiculada em poucos lugares, é confirmada pelo La Reppublica. Damiani morreu em sua casa, em Roma, aos 90 anos, de insuficiência respiratória.
Damiani não dirigia há onze anos, quando fez Assassini dei giorni di festa. Já nos anos 1990 sua produção já tinha rareado. Passou os últimos anos pintando.
Posso colocar na conta de Carlão Reichenbach o fato de ter conhecido seus filmes. Foi numa longa conversa, em que falávamos sobre cinema setentista que Carlão efusivamente indicou Confissões de um Comissário de Polícia ao Procurador da República (1971). O filme é cru, direto, com planos bastante desesperançosos, que me deixaram embasbacados.
Não vi tudo de Damiani e ainda prefiro seus filmes de máfia e/ou policiais – O Dia da Coruja (Il giorno della civetta, 1968), Só Resta Esquecer (L’istruttoria è chiusa: dimentichi, 1971), Io ho paura (1977).