Onde Borges Tudo Vê, de Taciano Valério |
Fora do centro é o eixo temático que a curadoria propõe para esta 16ª Mostra de Tiradentes. Estabelecê-lo como tema é mais uma formalização do perfil recente da mostra do que uma descoberta repentina de que algo fora do centro – entendendo-o tanto como localização geográfica como esquema de produção – está sendo feito.
A próxima semana vai responder para onde ainda é possível expandir a compreensão desse conjunto de filmes para além do que já se refletiu desde que a produção coletiva, a ação entre amigos e a divisão da autoria tornaram-se condição sine qua non de sobrevivência de filmes em locais que o hiato é um fantasma próximo.
Trazer para a noite de abertura um longa da Paraíba, estado que voltou a apresentar maior constância na produção, especialmente de curta-metragem, tentando romper com o traço de idas e vindas, de evolução e involução, é bastante interessante, um dado que precisa ser notado. Mas que não surge do acaso, já que desde 2000 aumentou a circulação de curtas, paraibanos.
De Carlos Downling vale lembrar o que há de divertido na filosofia de A Sintomática Narrativa de Constantino. Num outro registro mais sertanejo e tradicionalista há A Canga, de Marcus Villar. Há outros filmes de veteranos, como Homens, de Bertrand Lira e Lucia Caus, e Ikó-Eté, de Torquato Joel.
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