Cinema Americano – Anos 70
Estados Unidos, anos 1970. Com o surgimento dos vários Cinemas Novos ao redor do mundo na década anterior e uma sensível mudança comportamental, uma geração de jovens cineastas – Scorsese, Coppola, De Palma, Friedkin, entre outros, que seriam identificados como Nova Hollywood – abre espaço por entre os estúdios e consegue fazer outro tipo de cinema, mais próximo dos anseios da juventude e num modo de produção menos engessado.
Enquanto isso, os mestres do Cinema Clássico – Billy Wilder, Mankiewicz, Kazan, Cukor – rodam seus últimos longas, assistindo ao crepúsculo de uma era. Contemporâneo à geração da Nova Hollywood, outros talentosos diretores começam a ganhar reconhecimento (Woody Allen, Robert Altman, Sam Peckinpah), espinafram o status quo (John Waters), veteranos mantém o espírito de risco (John Cassavetes) ou alcançam o sucesso (Don Siegel).
À margem, dois cinemas de gênero se fortalecem: o Horror, que tem em George Romero um sintoma do mal estar da sociedade norte-americana no período, e o Blaxploitation, que pela primeira vez coloca os negros como protagonistas em filmes de ação com heróis charmosos e incorretos, embalados pela música soul.
O curso Cinema Americano – Anos 70, ministrado pelos críticos de cinema Sérgio Alpendre e Heitor Augusto no CineSesc, vai traçar um panorama de um dos momentos mais ricos da produção norte-americana, marcado por algumas obras-primas, filmes conectados com o espírito de seu tempo e outros saudosos de um passado irrecuperável.
Cronograma
AULA 1: CREPÚSCULO DOS MESTRES
Crise em Hollywood, novos modos de produção e a chegada de jovem cineastas: para onde vão os mestres? Breves notas sobre os últimos filmes de Billy Wilder, Joseph L. Mankiewicz, Orson Welles, Elia Kazan, Vincente Minnelli e George Cukor.
AULA 2: BLAXPLOITATION E OS HERÓIS SEDUTORES
Panteras Negras, cinema jovem e heróis mal educados: quando os negros invadem o cinema em divertidos filmes de ação como Shaft e Cleópatra Jones. Ecos da mostra Tela Negra no CineSesc.
AULAS 3 E 4: NOVA HOLLYWOOD
Os cineastas que ficaram mais identificados com a Nova Hollywood: Scorsese, Coppola e De Palma. Mas também Friedkin, Bogdanovich, Bob Rafelson e Schrader. Como essa geração de cineastas-cinéfilos mudou a cara da indústria com seus filmes.
AULA 5: HOLLYWOOD ALÉM DA NOVA HOLLYWOOD
Não se enxergavam como um grupo, mas também fizeram cinema de um jeito diferente: os filmes de Woody Allen, John Cassavetes, Robert Altman, Sam Peckinpah, Don Siegel e John Waters.
AULA 6: ROMERO E O CINEMA DE HORROR
O gênero e seu tempo: seguindo a afirmação do crítico Robert Paul “Robin” Wood, a proliferação do horror no cinema americano dos anos 70 era um sintoma do mal-estar pelo qual passava a sociedade americana.
Serviço
Local: CineSesc (Rua Augusta, 2075)
Período do curso – 14 a 25 de maio
Horário – 19h30 às 21h30
Dias – Segundas (14 e 21), Quartas (16 e 23) e Sextas (18 e 25)
Valor total do curso: R$ 40 (inteira), R$ 20 (usuário inscrito no SESC e dependentes, +60 anos, professores da rede pública de ensino e estudantes com comprovante) e R$ 10 (trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo matriculado no SESC e dependentes)
Inscrições somente no CineSesc (3087-0500) – http://www.sescsp.org.br/sesc/programa_new/mostra_detalhe.cfm?programacao_id=220425
Biografia dos professores
Sergio Alpendre é crítico de cinema, professor, pesquisador e jornalista. Pós-graduando em cinema pela USP. Editor e fundador da Revista Interlúdio. Foi redator da Contracampo de 2000 a 2010. Colaborou para diversos veículos, incluindo Foco, Taturana, Cadernos Mais e Ilustrada (Folha de S. Paulo), Cineclick e revistas Bravo e MOVIE. Foi curador das mostras Retrospectiva do Cinema Paulista e Tarkovski e Seus Herdeiros, para as quais editou também os catálogos. Foi editor da 4ª edição da Revista da Programadora Brasil. Atualmente é redator do UOL Cinema e colaborador do Guia Folha (livros, discos, filmes). Ministra cursos de história do cinema e oficinas de crítica por todo o Brasil.
Heitor Augusto é jornalista e crítico de cinema colaborador das revistas Interlúdio, Preview, ESPN, além do site Cineclick. Escreve sobre filmes do circuito comercial, além de cobrir os principais festivais de cinema no Brasil e publicar ensaios temáticos. Colabora também com a Revista Zingu!, dedicada à História do cinema brasileiro. Publicou ensaio no livro Os Filmes que Sonhamos sobre o longa-metragem E A Vida Continua. Escreveu também para a Revista de CINEMA e Agência Carta Maior. Sócio-fundador da Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema, é editor do site da entidade. Mantém também o blog Urso de Lata.