Nesse texto de 1988, o teórico Manthia Diawara analisa como se constrói a figura do “espectador resistente” frente a imagens racistas com as quais supostamente teria de se identificar. Dialogando com a noção de prazer escopofílico tratada por Laura Mulvey, Diawara faz uma ampla leitura de raça começando por O Nascimento de Uma Nação e passando por alguns filmes marcantes da década de 80, em especial os protagonizados por Eddie Murphy.
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Tradução: Questlove sobre quando o negro perde seu ar cool
Nesse ensaio o multi-instrumentista Questlove analisa o prejuízo para a cultura negra ao perder um de seus componentes mais marcantes, o “cool” (“descolado”). Para tal ele faz uma investigação histórica de como o cool representa uma maneira de estar no mundo e como ela é, muitas vezes, uma estratégia de sobrevivência à branquitude.
O blackface em Nina
O cerne da discussão não está se Zoe é ou não boa atriz, se sua atuação é boa ou não. Ou se ela é negra ou não. O ponto nevrálgico: escolher uma atriz com a fenotipia de Zoe para interpretar alguém com a fenotipia de Nina é dizer para as mulheres negras de pele escura que “esqueçam, queridas, vocês não são bonitas o suficiente, nem qualificadas o suficiente
Black to the future: cinema e Afrofuturismo
O que esse conjunto de filmes traz vai muito além da demanda por reparação na participação severamente deficitária de negros em filmes ou por uma gama de papeis que sejam complexos. Ao delirar o presente muitos desses filmes afrofuturistas inventam “amanhãs” tão diversos que carregam características que escapam à retórica terráquea-política do nosso presente. Na confecção de devir(es) não se pensa em incluir mais negros: o que se imagina são outros mundos nos quais o paradigma será a mulher e o homem negro.
Línguas desatadas
Não há, na minha memória cinéfila, nenhum filme que seja tão agudo em lidar com essas duas esferas – preto e gay – juntas, como parte de uma mesma identidade como “Tongues Untied”.
Homens brancos não sabem enterrar?
Numa arena tão nuançada para se discutir relações de raça como o basquete norte-americano da NBA, pergunto: quem é realmente o herói de “White Men Can’t Jump”